Timor-Leste é um dos países mais jovens do mundo, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor no Sudeste Asiático, além do exclave de Oecusse, na costa norte da parte ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco ao largo da ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oecusse, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul. Sua capital é Díli, situada na costa norte.
Timor Leste
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terça-feira, 29 de novembro de 2011
Colonização e História
De acordo com alguns antropólogos, um pequeno grupo de caçadores e agricultores já habitava a ilha de Timor por volta de 12 mil anos a.C. Há documentos que comprovam a existência de um comércio esporádico entre Timor e a China a partir do século VII, ainda que esse comércio se baseasse principalmente na venda de escravos, cera de abelha e sândalo, madeira nobre utilizada na fabricação de móveis de luxo e na perfumaria, que cobria praticamente toda a ilha. Por volta do século XIV, os habitantes de Timor pagavam tributo ao reino de Java. O nome Timor provem do nome dado pelos Malaios à Ilha onde está situado o país, Timur, que significa Leste. Conhecido no passado como Timor Português, foi uma colônia portuguesa até 1975, altura em que se tornou independente, tendo sido invadido pela Indonésia três dias depois. Permaneceu considerado oficialmente pelas Nações Unidas como território português por descolonizar até 1999. Foi, porém, considerado pela Indonésia como a sua 27.ª província com o nome de "Timor Timur". Em 30 de Agosto de 1999, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas.
Língua
A língua mais falada em Timor-Leste era o indonésio no tempo da ocupação indonésia, sendo hoje o tétum (mais falado na capital). O tétum e o português formam as duas línguas oficias do país, enquanto o indonésio e a língua inglesa são consideradas línguas de trabalho pela atual constituição de Timor-Leste. Devido à recente ocupação indonésia, grande parte da população compreende a língua indonésia, mas só uma minoria o português.
Aspectos Culturais
A cultura de Timor-Leste reflete inúmeras influências, incluindo de Portugal, da tradição Católica Romana, e da Malásia, sobre as culturas indígenas austronésicas melanésias e de Timor. Lendas dizem que um gigantesco crocodilo foi transformado na ilha de Timor, ou Ilha do Crocodilo, como é frequentemente chamado. A cultura timorense é fortemente influenciada pelas lendas austronésicas, embora a influência católica também seja forte.O analfabetismo ainda é generalizado, mas há uma forte tradição de poesia. No que diz respeito à arquitetura, alguns edifícios de estilo português podem ser encontrados, junto com os tradicionais totens em casas da região oriental. Estas são conhecidas como uma lulik (casas sagradas em tétum), e lee teinu (casas com pernas) na região de Fataluku. O artesanato também é generalizado, como é a tecelagem de tradicionais lenços ditos tais.
Política
O Chefe de Estado de Timor-Leste é o Presidente do mesmo, que é eleito pelo voto popular para um mandato de cinco anos. Embora o papel seja largamente simbólico, o presidente não tem poder de veto sobre certos tipos de legislação. Após as eleições, o presidente designa o líder do maior partido ou coligação maioritária como o Primeiro-Ministro de Timor-Leste. Como chefe do governo, o primeiro-ministro preside o Conselho de Estado ou de governo.O parlamento de câmara única é o Parlamento Nacional , cujos membros são eleitos pelo voto popular para um mandato de cinco anos. O número de bancos pode variar entre um mínimo de 52 a um máximo de 65, embora excepcionalmente tenha 88 membros, actualmente, devido a este ser o seu primeiro mandato. A Constituição timorense foi decalcada da de Portugal. O país ainda está no processo de construção da sua administração e instituições governamentais.
Economia
O investimento secular de Portugal na sua colônia na Insulíndia não foi suficiente para a desenvolver adequadamente, tendo esta permanecido pobre até aos nossos dias.Foram, no entanto, construídas algumas infraestruturas de saúde, ensino e transportes depois da Segunda Guerra Mundial. O comércio de sândalo, uma das principais mercadorias do território perdeu importância e a sua única fonte de rendimento passou a ser uma modesta produção de café.A contribuição dada pela Indonésia na construção de infraestruturas foi superior ao de Portugal, apesar de corresponder também a interesses próprios, como o do transporte mais rápido das tropas ou da absorção sócio-cultural indonésia e descaracterização da cultura própria timorense. No entanto, grande parte das edificações foi destruída pelas milícias pró-indonésias no período que se seguiu à declaração de vitória dos independentistas: bancos, hotéis, escolas, centros de saúde, etc. A já débil economia timorense foi completamente arrasada, tendo ficado dependente totalmente da cooperação internacional para a sua reconstrução.A moeda oficial timorense é, desde 2000, o Dólar dos Estados Unidos
Feriados
Em Timor-Leste, são feriados nacionais com data fixa:
Data | Nome | Observações |
1 de Janeiro | Dia de Ano Novo | |
Dia Mundial do Trabalhador | ||
Dia da Restauração da Independência | em 2002 | |
Dia da Consulta Popular | Aniversário da Consulta Popular de 1999 | |
Dia de Todos-os-Santos | ||
Dia de Todos-os-Fiéis Defuntos | ||
Dia Nacional da Juventude | ||
Dia da Proclamação da Independência | em 1975 | |
Dia dos Heróis Nacionais | Aniversário da invasão do país pela Indonésia em 1975 | |
Dia da Nossa Senhora da Imaculada Conceição | Padroeira de Timor-Leste | |
Dia de Natal |
São feriados nacionais com data variável:
Data | Nome | Observações |
Sexta-feira, festa móvel | Sexta-Feira Santa | |
festa móvel | Idul Fitri | |
Festa do Corpo de Deus | ||
Idul Adha | Dia de sacrifício para os muçulmanos |
Música
Os instrumentos musicais, os trajes e os objetos de adorno desempenham igualmente um papel relevante no desempenho musical. Dos primeiros, salientam-se o babadok e o dadir (também dadil,gong ou gon). O babadok é um pequeno tambor de corpo cônico de madeira, com cerca de 30 a 50 centímetros de comprimento e de cerca de 15 centímetros de diâmetro, em geral tocado pelos elementos femininos que o percutem alternadamente com ambas as mãos. O dadir é um círculo de metal de aproximadamente 25 centímetros de diâmetro, que é percutido com uma baqueta de madeira, de altura indefinida e sem possibilidade de afinação. À semelhança do babadok, é também um instrumento tocado pelos elementos femininos. No repertório musical executado surgem também as violas e as flautas de bisel soprano, instrumentos ocidentais introduzidos na performance timorense. No que concerne aos trajes, compõem-se de tais mane e tais feto, masculino e feminino, respectivamente. Os tais são panos multicoloridos fabricados artesanalmente em Timor-Leste, que os homens enrolam ao redor da cintura e que as mulheres colocam em volta do corpo, abaixo das axilas. Os homens colocam um lenço na cabeça sobre o qual aplicam a kaibauk, lua de metal com aplicações de pequenas lágrimas e espigas, sendo a maior e mais ornamentada pertença do liurai, chefe ou rei tradicional timorense. A surik, espada guerreira, e o belak, disco de metal suspenso ao peito, completam o traje dos homens. As mulheres usam a kaibauk, além daulum suku, para prender os cabelos, e do sasuit, pente de dentes largos. Usam geralmente ao peito o mortene, colar feito de materiais diversos, e à cintura um pano branco. Por fim, a lokum ou kelui, uma pulseira de metal usada pelos homens no braço e pelas mulheres no antebraço. Todos os elementos atuam descalços e com uma salenda, xaile fabricado com o mesmo tipo de pano artesanal dos tais, colocada nos ombros.A diáspora levou a música timorense a locais com a Austrália e Portugal, onde se criaram novos gêneros musicais resultantes da mistura da música timorense com estilos de outras ex-colônias portuguesas como Angola e Moçambique. Após 1975, a música timorense passou a estar fortemente associada ao movimento de independência. Por exemplo, a banda "Dili All Stars" lançou uma música que se tornou hino na luta pelo referendo sobre a independência em 2000, enquanto que as Nações Unidas comissionaram uma música chamada "Hakotu Ba" (por Lahane) apelando ao recenseamento da população para votar no referendo.Entre os músicos populares timorenses atuais encontra-se Teo Batiste Ximenes que cresceu na Austrália e usa ritmos tradicionais na sua música. Hoje em dia, fazem-se sentir influências externas e à música timorense não são alheios novos estilos populares internacionais como o rock, o hip hop e o reggae.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
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