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Música
Os instrumentos musicais, os trajes e os objetos de adorno desempenham igualmente um papel relevante no desempenho musical. Dos primeiros, salientam-se o babadok e o dadir (também dadil,gong ou gon). O babadok é um pequeno tambor de corpo cônico de madeira, com cerca de 30 a 50 centímetros de comprimento e de cerca de 15 centímetros de diâmetro, em geral tocado pelos elementos femininos que o percutem alternadamente com ambas as mãos. O dadir é um círculo de metal de aproximadamente 25 centímetros de diâmetro, que é percutido com uma baqueta de madeira, de altura indefinida e sem possibilidade de afinação. À semelhança do babadok, é também um instrumento tocado pelos elementos femininos. No repertório musical executado surgem também as violas e as flautas de bisel soprano, instrumentos ocidentais introduzidos na performance timorense. No que concerne aos trajes, compõem-se de tais mane e tais feto, masculino e feminino, respectivamente. Os tais são panos multicoloridos fabricados artesanalmente em Timor-Leste, que os homens enrolam ao redor da cintura e que as mulheres colocam em volta do corpo, abaixo das axilas. Os homens colocam um lenço na cabeça sobre o qual aplicam a kaibauk, lua de metal com aplicações de pequenas lágrimas e espigas, sendo a maior e mais ornamentada pertença do liurai, chefe ou rei tradicional timorense. A surik, espada guerreira, e o belak, disco de metal suspenso ao peito, completam o traje dos homens. As mulheres usam a kaibauk, além daulum suku, para prender os cabelos, e do sasuit, pente de dentes largos. Usam geralmente ao peito o mortene, colar feito de materiais diversos, e à cintura um pano branco. Por fim, a lokum ou kelui, uma pulseira de metal usada pelos homens no braço e pelas mulheres no antebraço. Todos os elementos atuam descalços e com uma salenda, xaile fabricado com o mesmo tipo de pano artesanal dos tais, colocada nos ombros.A diáspora levou a música timorense a locais com a Austrália e Portugal, onde se criaram novos gêneros musicais resultantes da mistura da música timorense com estilos de outras ex-colônias portuguesas como Angola e Moçambique. Após 1975, a música timorense passou a estar fortemente associada ao movimento de independência. Por exemplo, a banda "Dili All Stars" lançou uma música que se tornou hino na luta pelo referendo sobre a independência em 2000, enquanto que as Nações Unidas comissionaram uma música chamada "Hakotu Ba" (por Lahane) apelando ao recenseamento da população para votar no referendo.Entre os músicos populares timorenses atuais encontra-se Teo Batiste Ximenes que cresceu na Austrália e usa ritmos tradicionais na sua música. Hoje em dia, fazem-se sentir influências externas e à música timorense não são alheios novos estilos populares internacionais como o rock, o hip hop e o reggae.